Conhecendo a influência da moda italiana na moda brasileira em manequins Expor

Até o dia 02/02/20 teremos a oportunidade de apreciar e entender como a moda italiana influenciou e influencia a moda brasileira.

Está em cartaz no Instituto Tomie Ohtake em São Paulo a mostra: “Vestindo o Tempo – 70 Anos de Moda Italiana”. São 45 peças de roupa expostas em manequins Expor!

Carosa 1967

Carosa 1967

Estas peças fazem parte do acervo de 6.000 peças dos colecionadores Enrico Quinto e Paolo Tinarelli e a curadoria é do historiador e professor de moda João Braga.

E como começou esta coleção de moda italiana?

Enrico Quinto e Paolo Tinarelli abriram em 1987 seu estúdio de Relações Públicas.

Então, após quase dez anos de trabalho no setor da promoção de eventos ligados ao Cinema, à Arte, à Moda (em especial a moda italiana) e à Política, realizaram em Roma o primeiro mercadinho de roupas usadas (brechó).

Este mercadinho era direcionado a colecionadores e compradores específicos.

Fabiani 1966

Fabiani 1966

Assim começou a coleção de moda italiana…. Hoje ela conta com mais de 6.000 peças entre vestidos e acessórios. Possui também uma biblioteca com mais de 3.000 peças entre volumes, anualidades completas de revistas, esboços e fotografias.

Este material descreve a moda feminina no decorrer do século XX através dos modelos dos maiores criadores de moda do ponto de vista internacional, mas com um interesse particular pela moda italiana. Muitas marcas e agências de conteúdo e criatividade fazem uso deste acervo para desenvolverem seus trabalhos. Em especial quando o assunto é a moda italiana.

Este é um grande exemplo para nós aqui no Brasil. Temos alguns dos melhores cursos de Moda mas somos deficitários em manter e divulgar acervo. Isto acontece mesmo possuindo uma cultura tão rica e miscigenada, com exuberância de criatividade.

Versace 1987

Versace 1987

Devido a este fato, em entrevista para a mídia da Folha de São Paulo, Quinto e Tinarelli contam que possuem poucas peças brasileiras.

Contam o seguinte: “Colhemos a produção mais relevante das marcas. O Brasil, posso dizer, hoje influencia o mundo muito mais do que é influenciado, como acontecia antes. A modelagem justa da calça jeans de vocês, por exemplo, é a mais copiada do mundo, inclusive pelas italianas”.

As belezas que encontramos nesta exposição

Lindamente vestidos com peças tão importantes, os manequins Expor promovem caimento perfeito para as roupas e as poses transmitem um movimento natural e harmônico.

Roberto Capucci 1970

Roberto Capucci 1970

Sorelle Fontana 1953

Sorelle Fontana 1953

É possível ver de perto algumas raridades como um look Lancetti dos anos 1970, um look Krizia de 1980, a estampa de leopardo dos longos da Versace de 1992 e um longo vermelho Valentino; assim como raridades da Fendi e do designer Ken Scott. Além da calça desejo da Fiorucci dos anos 70!

Lilian Pacce e o Professor João Braga falam um pouco da exposição e da moda italiana

Segundo Lilian Pacce, sobre a exposição “ela cobre o período que se chama do nascimento da moda italiana a partir dos anos 1950, quando o marquês Giovanni Battista Giorgini fez um desfile em Florença para compradores americanos.A partir daí, surgiu o “made in italy”, branding que associou a Itália à qualidade de seus artigos de couro e posteriormente à moda em si”.

A exposição se divide em 03 núcleos: anos 1950/60, 1970/80 e dos anos 1990 para os dias atuais.

Roberto Cavalli

Roberto Cavalli

Então, para aprender mais sobre a relação da moda italiana e brasileira segundo o professor João Braga, veja o que ele disse para a Folha de São Paulo: “Nossa formação é latina, e ainda que tenhamos herdado traços de Portugal, a estética deles bebe da de Roma. O barroco e sua estética dramática, de teatralidade, foi certamente uma dessas correntes que assimilamos em nossa cultura de vestir”.

A exposição tem entrada franca e acontece no Instituto Tomie Ohtake que fica na rua Coropé, 88, no bairro de Pinheiros em São Paulo, capital. Fica em cartaz até dia 02/02/2020 de terça a domingo das 11h às 20h.

Prestigie!

Para consultar as fontes e saber mais, acesse.

Veja o que nos conta a Lilian Pacce: clique aqui

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